Do Culto ao Coma

Isocrônico

Do Culto ao Coma


Você se foi
Fingiu ser o que comprou
Adormeceu no torpor
Não sou mais você, sou eu
Desceu do céu e cresceu
E quando meu canto acabar?

Anoiteceu
E a luz que me concedeu
Tende sempre a apagar
A dor mexeu
Com minhas feridas, meu eu
E quando minha força passar?

E se entrega pro relógio virar
Obcecado por recomeçar
E girando sem sair do lugar

E amanhã que se afasta dos seus
Discutir o infinito com Deus
Mas sem força para argumentar

Amanheceu
E as folhas viradas que eu
Cansei de tentar rasgar
Vou remoldar
Mentiras pro mundo contar
E quando a verdade chegar?

O mundo são rosas e dor
Arranjos de um campo sem cor
Caminhos que eu vou encontrar
E deixa meu grito ruir
Tirar as amarras e abrir
Será que o seu véu vai fluir?

E se entrega pro relógio virar
Obcecado por recomeçar
E girando sem sair do lugar

E amanhã que se afasta dos seus
Discutir o infinito com Deus
Mas sem força para argumentar

Cookie Consent

This website uses cookies or similar technologies, to enhance your browsing experience and provide personalized recommendations. By continuing to use our website, you agree to our Privacy Policy