Tom: D ( D 15 13 10 D ) D Ele não matava passarinho, Não judiava dos bichinhos, F Em D Dos velhinhos tinha dó D Chapéu de couro aba caída sobre o rosto, F G D Muito ouro no pescoço e cinto de jacaré D Todo domingo de manhã ia na missa, F Em D Não era homem de preguiça e não batia em mulher D Segunda a sexta tava no bar da cidade, F G D Ele ficava ali sentado até o serviço aparecer D Uma garrafa de aguardente sobre a mesa, F Em D Ele só tinha uma certeza, todo mundo ia morrer G Seu nome é José Bento Neto Paiva de Alcântara e Monteiro, D Seu cavalo é o Escudeiro sua arma Benditina, G Que só dispara em legítima defesa, D Nunca atirou sem certeza que o cabra merecia, G D Duas balas no peito, e uma na cabeça D Até que um dia lhe apareceu um sujeito, F Em D Com o rosto desfigurado, um tanto quanto suspeito, D E começou a lhe contar a sua história, F G D Ele tinha uma terrinha que era herança de família, D Lá ele plantava o que dava para sustentar mulher, F G D E também suas quatro filhas G O perigo começou a aumentar quando vizinho D Coronel minha terrinha quis comprar, G Fiquei com medo, disse com todo respeito, D Que não tinha pra onde ir, ali era o meu lugar D Agradeci a oferta generosa, F Em D Aquele dedo de prosa, mas tinha que recusar, D O coronel insatisfeito com a resposta, F G D Esperou anoitecer e mandou incendiar, D Minha casinha e todos que estavam dentro, F G D Ainda ouço os seus gritos, eu não pude lhes salvar, D G Seu moço me sobrou foi quase nada, F G D Mas lhe dou minha terra amada para o sr. me vingar G Meu nome é José Bento Neto Paiva de Alcântara e Monteiro, D Não vai ser pelo dinheiro que farei este serviço G Sangue nos olhos levantou daquela mesa, D e falou no seu ouvido, não carece pagamento, G D Apenas busque seu caminho, reze pela minha alma, D E dos seus entes queridos D Sem perder tempo galopando o Escudeiro, F Em D Benditina na cintura ele partiu pra Cabedelo, D Uma cidade que era aterrorizada F G D Por um tal de Coronel que se dizia fazendeiro D Pra José Bento sua palavra é compromisso, F Em D Todo mundo sabe disso, ninguém ousa contestar, D E nem que fosse o seu último serviço, G F G Antes de ver o "Pai" ao vivo, neste ia caprichar G Mal chegou e já foi metendo bala, D Os capanga pela entrada, foi caindo um a um, G O Coronel percebendo o perigo, D Fugiu em busca de abrigo, lá na casa principal D José Bento apeou do seu cavalo, F Em D E gritou em alto brado, vim aqui fazer justiça, D Vim buscar pelo sangue de um covarde, F G D Saia toda criadagem e também sua família G Cuspindo fogo Benditina era a caneta, D Que ia escrever a sentença com sangue do Coronel, G Que revidava atirando feito um louco, D Mas José Bento foi aos poucos lhe deixando sem ação D F Em D O Coronel já quase sem munição, F Em D Temendo por sua vida, fez uma proposição, D Lhe pago em ouro pelo peso do meu corpo F G D Para que não seja morto, e nunca lhe veja mais G Meu nome é José Bento Neto Paiva de Alcântara e Monteiro, D E não há nenhum dinheiro que resolva a situação, G Isto para mim é insulto, mas como sou homem justo, D Já tenho uma solução D A Benditina que a muito me acompanha, F Em D Vai dar encaminhamento para a sua petição, D A lá corte mais suprema e divina F G D A sentença da sua sina não estará nas minhas mãos D E José Bento cumpriu como combinado, F G D Ainda hoje é lembrado por seu feito destemido, D Mesmo sangrando pelos buracos de balas, F G D Ele montou em seu cavalo e depois não foi mais visto G Dizem que depois de ter sarado, D E quase perdido um braço, perseguia Coronéis, G Não se importava quanto era o pagamento, F Em D Já tinhas perdido os dedos só ficaram os anéis G Segundo a lenda, seu cavalo era de fogo, D Sua arma era de raio, sua voz era trovão G Ninguém escapava da sua mira implacável, F G D Sempre um tiro na cabeça, sempre dois no coração D Ele foi criado no orfanato, F Em D Jogado pra todo lado, nunca conheceu família, D Até que um dia apareceu uma senhora, F G D Com um foto de criança dizendo ser sua tia D Infelizmente ela morreu logo em seguida, F Em D Achou uma arma escondida, que lhe foi por companhia, D Deixou pra trás as meninices brincadeiras, F G D De cima de uma cadeira aprendeu a atirar D E depois de praticar por algum tempo, G F G D Com seu tiro já certeiro, resolveu ser pistoleiro G D Seu nome é José Bento Neto Paiva de Alcântara e Monteiro 15 13 10 D F Em D 15 13 10 D F G D 15 13 10 D 15 13 12 10 D