Eu passava dias no estúdio, estúdio ou quiosque Banhar era missão impossível e só comia após que Bazasse guezi por aquilo, aquilo mais aquilo Não me importava com a família, muito menos com meu filho Diziam que rap estraga vida eu queria estragar a minha A paulada não era esta mas era violenta quando vinha E quando eu grava Aí eu pensava Será que ela está com quem mas a vida me arrastava Pois eu ia para escola só pra pegar mais meninas Segundo plano era a esposa, o primeiro as esquinas Até que rúben me ligou tipo a criança está doente Eu dizia que eid vir e isso ficava pendente Ontem meu marido era um sujeito qualquer Não tinha tempo com nada, não gostava de ele mesmo Fumava, se drogava nas ruas, não dava nada pelo menos aos filhos dele Saía de manhã, ás vezes nem voltava, eu chorava, aquilo deu me vontade de ir embora A minha história é um livro aberto, se quizeres leia-lá Sofrimento sou eu mesmo, se for esmola dê-me lá Já pulei muros a rochar pra sustentar o meu vício Quase ia preso mas fugí do edifício Mas como Deus fala sozinho, eu comecei a melhorar Tudo dava certo nem parece ia daiar Deixei ruas, voltei pra casa pra poder me arrumar E largar certas bocas, levar a vida e caminhar Hoje me vês tipo nada esse gajo vem de longe Por dentro tenho feridas, nada cura nem tondje Já há saúde, melhorias e dinheiro lá crib Na internet sou alguém, desde os tempos de mig Não há mistake no cubico, na família, na kebrada Se estou no estúdio, estou no quarto e ela sabe quem estraga Do nada para algo, brincadeiras ponto final Nada faço mas sou bom no que faço e é normal Hoje em dia nem dá pra acreditar Naturalmente ele mudou, já é pai de família de verdade Ele é um orgulho, faz tudo pela família toda Largou vícios, a gente reza e está tudo bem conosco Duma forma geral, somos felizes