São altas horas da noite Ainda estou acordado Contemplando a luz da Lua Da janela do sobrado Que me vale ter riqueza E viver tão desprezado Pois um homem sem carinho Não vale um tostão furado Sobre a minha janela Onde sempre estou exposto Vem a brisa carinhosa Acariciar meu rosto Até a própria natureza Reconhece o meu desgosto Sabe o quanto é doído A gente amar quem ama outro A paixão da minha vida Vive roubando o meu sono Amanheço acordado Suspirando no abandono A paixão rasgou meu peito Entrou dentro e fez seu trono De um certo tempo pra cá Nem de mim não sou mais dono