Numa velha barbearia Um viajante chegou Enquanto fazia a barba Pelo espelho ele notou Uma loira encantadora Que pela rua passou E para o velho barbeiro Sorrindo a mão acenou Nessa hora o viajante Para o barbeiro sorriu Foi dizendo, aquela loira Nos meus braços já dormiu Ainda sinto o calor Do seu corpinho macio Mas o final da história O barbeiro impediu No pescoço do freguês A navalha foi encostando Dizendo, a loira não é Quem você está pensando Esta moça é minha filha E sei quem estou criando Agora vai me provar O que está me falando Quando o viajante viu Seu pescoço em perigo Tremendo e suando frio Disse, calma meu amigo Nunca conversei com ela É verdade o que digo Foi num sonho que eu vi A sua filha comigo O barbeiro acreditou No que dizia o rapaz Como sonhar não é crime Deixou ele ir em paz Mas se o medo ferisse Tinha ficado sinais Isto serve de exemplo Para quem fala demais