Função grafite, missão impossível Alpinistas urbanos, lançando a arte mais incrível Pensamentos são lançados com uma lata de tinta Retratam argumentos nas paredes mais destintas Sem medo do amanhã, ralando os cotovelos Desenhos, letras, sonhos e pesadelos Uns tentam demonstrar o que rola na cidade Outros mostram fantasias, fugindo da realidade Pega o busão da meia noite, iniciando a sessão Marcando territórios pra começar essa missão Depois que acha o alvo, é só desequipar Mochila cai no chão e lata começa a contornar A vontade de pintar, mano, é constante Minha coroa vê as lata, eu digo que é desodorante Fazendo altas misturas de cores e adrenalina Mistura com coragem e lanço a arte clandestina Viatura faz a ronda, eu finjo que nem vejo Capiturar a minha equipe, da pm é um desejo As luzes se apagam, mas o olhar é anti-escuro Depois que termina, partiu pra outro muro É a arte proibida e eu levo a sério Imperam atitudes e esse é meu império Não tente mudar, porque só explana o que consiste Enquanto tiver vida, eu não vou ter limite Respirando o gás tóxico que vem da minha lata Pensamento vem concreto e a cultura é abstrata Pixador, codenome, fantasma da esquina Vulto da meia noite, sumindo na neblina O que é a arte pra gente, pro povo é vandalismo Se isso é uma queda, eu me atiro nesse abismo O spray é minha caneta, o que sai é nomeclatura Os muros são indentidade onde lanço minha assinatura Xarpi, uma arte sombria A noite é nossa hora e toda noite é nosso dia Com o ritual dos spray, invoco o picasso Mais minha arte é diferente e deixo ela onde eu passo No buzão com as caneta, os banco viram minhas tela Nas mureta, com as latas de tinta amarela Pixação são como uma defesa legítima Cuidado, seu muro pode ser mais uma vítima