Eu inventei uma coisa nova E nem sei o porquê Não é simétrica ou perfeita Mas é mágica, e é minha Que mais vou fazer? Ei! Vem aqui, vem aqui! Tá bom! Vem aqui, vem aqui! (Que mais vou fazer?) Vem cá! Vem aqui, vem aqui! Abraço! Vem aqui, vem aqui! Faço hera e primavera Flor de maio, num balaio Correspondo ao que se espera Os sorrisos, eu ensaio E se eu cansasse e brotasse Tudo aquilo que eu sinto? (É a hora, eu pressinto!) A aflição vem da pressão Pra ser a filha perfeita Se eu pudesse viver Quero só viver Um furacão de flores roxas Pra escalar (já!) Balançar (vou tentar!) Palmas de cera, podem me levar Que eu não vou descer Que mais vou fazer? E se eu imaginar O rio vai florir Elas são carnívoras Melhor você subir Eu sinto um arrepio me invadir Cansei de ser bela, eu quero real, normal Eu pensei Todo tempo, eu achei Que a sua vida era inteira prazer (É difícil ver a raiz) Quem só vê cada flor florescer Não imagina o que sabe fazer Vai te ver crescer (vai me ver crescer) Nada vai te deter (nada vai me deter) E eu vou! Um furacão de flores roxas Pra escalar, balançar Palmas de cera podem me levar Que eu não vou descer Que mais? Que mais? O que fazer se está presente E conectada com o momento? (Seu momento, aproveite) O que fazer se perceber Que não quer mais ser perfeita? Mas eu vou ficar bem! Abra o caminho, que ela vem! Vou colorir com agapanto (colorir cada canto) Pra inovar, renovar (inovar, transformar) Ficou mais claro, pois você mostrou E eu devo a você Que mais vou fazer? Você vai florescer (Que mais vou fazer?) No que nasceu pra ser (Que mais vou fazer?)