Olhe, e o que vê? Um mundo desumano Furtado de seu povo Onde se dizem perfeito demais pra tanto pouco Olhe, e o que vê? Um dinheiro mais bonito Não ameniza a beleza da pobreza A necessidade de estar aqui, pra você e pra mim A segurança, um comprimido Um corpo estendido, após sua desova Também devorado por olhos Curiosos, desconhecidos... Só pergunte se fará algo Além do lamento? A violência já não me assusta A vejo na fome, na educação A violência já não me assusta A segurança, a saúde, na televisão A essência de um país bonito Aos poucos jogado no lixo Pessoas de cada dia, eu que o diga Na fábula, no querer Perdoe-me, mas essa canção Dedico à você