Eu vou te levar até o meu bairro através dessa letra Sente o cheiro do meu bairro Dom Diomedes e De La Massa Sente o cheiro do meu bairro Sente o cheiro Jardim Paulista A todos aqueles que estão na atividade Nada tá fácil, mesmo assim levantei-me onze horas A vida aqui é de fumar becks e ouvir histórias A sala cai, preferem o pátio da escola Boa relação com os pais, faz tempo que já não rola Por isso atrais tardes inteiras com a cara na cola Confia demais, manejar o cano da pistola Na sombra dos outros, já vi muitos pararem no esgoto E serem enterrados espatifados, [?] do rosto Mas episódios não educam, não causa apaziguamentos A dor dos chutes na nuca é o único sentimento Odor de fumo na rua, boy, ainda é intenso Por mais que os cabra não ameace, deixaram o clima tenso Os moleque raramente agora riscam os dentes As tretas da Chave Mestra se resolvem no pente Uma semana no meu bairro é tempo suficiente Até pra Bento XVI se transformar em delinquente Nem todos têm a mesma sorte, man, de [Merlens?] Que a maioria vê a morte entrar pela porta da frente Tá vendo os perrengues que estão ali a circular Feitos exclusivamente só pra te assassinar Mas nada impede, aqui são crimes de várias espécies Pra se por onças no bolso e putas fazendo boquetes Putas, mas, quando é flagrante, putas fazendo missão Sob tortura de caboetar pra segunda sessão Sob o arrebol, a rua ostenta luxúria Prata, seda, vinho tinto, atrai vagabundas Cresce o olho gordo dos filhos da puta seboso Que foge da luta e só faz peso no globo Eu dichavo palavras com sangue no olho Transcrevo imagens do piche, da lama, do lodo Me jogo no jogo com dados pegando fogo Sem temer um insano destino assombroso Miro o topo, que não é pra todos, eu sei Vários neguinho caíram, também queriam ser rei Morreram por status, talvez matou por status Parece comum, mas um foi de embalo Caralho, essa peleja não para Minha quebrada não acalma No mic mandando brasa De La Massa (com Diomedes) Psicopata Tamo junto nessa porra Queimando tudo antes que acabe Sodoma e Gomorra E se foda quem acha que é o cabeça da parada Foda-se vadias, foda-se babacas Tamo gravando as pancada na marra Fumando os beck da massa Com o L.O. meu comparsa De Olinda a Paulista, tudo igual, né? Barraco, estúdio, A Cria não escorre na fé Por isso aqui nada vinga Por isso aqui nada vinga, vei, essa é a verdade Vai! Aqui se herda rancor, crianças parem crianças No Brooklyn a Jardim Paulista, engravidam na infância Nasci um desses pivetes acostumado a tragédias Sonhava com revólveres, bocas e outras merdas Falem o que quiser, mas não aceito a miséria Se a sociedade não der, meu time trapaceia as regras O trabalho é sujo, mas cabra que joga sujo Traição nem São Benedito salva o dito cujo Na missão continuo, não recuo do meu plano Eu só evacuo respirando tipo Lucky Luciano Pra nunca mais ver no book minha coroa se matando Por um mínimo e, no máximo, nos manter respirando O que os olhos viram, deixou o cérebro insano A cada pôr do sol sinto o coração esfriando Eu, Faraó, De La Massa e Leopoldo, na certa é baseado Lá em cima tá louco, dizem que tem cana encapuzado Quero viver bacana no bunker, com cobre guardado Ouvir Pavarotti, morrer como um nobre soldado Seu filho se vira só e permanece focado Orgulhoso como sempre, franco e inconformado Na mente visando lucros, mas sem "Vende-se" na teste Nunca fui homem comum, nasci um porra Chave Mestra Nasci um porra Chave Mestra Nasci um porra Chave Mestra Ressentimentos Isso é só o início Em breve tem muito mais Tratado sobre as ruas