[Diomedes] No céu, o mesmo sol, mas não tem café na mesa A crise tá sinistra, né? papai não tem empresa As contas procriaram, assim como essas baratas O sistema é uma fraude, o menino tá sem fraldas De onde vim, ninguém bota fé nas habilidades A sogra vai questionar sua utilidade Você se sentindo o lixo dessa sociedade Até quando viver, sem viver de verdade? O crime vai te oferecer uma vida de maldade Você só queria sua família bem, completamente bem E quem sentencia sua liberdade não entende nada Porque não vem de onde você vem É, esse é o novo modelo de escravidão Foda-se as escola, bota Trump, faz outra prisão Espalha as armas no bairro, que aí eles se mata E alguém que sempre teve tudo assina a condenação Não existe justiça Não existe justiça, filho da puta Eu falei o quê? É só clássico Só clássico [Lucas Sang] Primeiros passos fora da nave sangue, Made in Nauvinha Quem esperou, tá ligado, deixei claro que nós vinha Espalha os planos, esfaqueia os danos Os donos, ninguém aqui é desse plano Respeitem o trono Silêncio enquanto versamos Silêncio enquanto em silêncio estamos Tem time que joga até na chuva O meu é na chuva que jogamos O dono só joga porque tá com a bola e eu aspiro gol Meu rap é nojento, entope aspirador Não existe cena, o problema é que encenam Não existe fama, o problema é que acenam Se existe grana, então tá valendo Estou afeta e sem juízo final Nos vemos de 1999, até 0666 Se inspire na geração contramão Leia, leia, leia O foco é reto Se o cérebro é um músculo, eu mantenho-o ereto Meus passos sangrados, pra que se torne sagrados Sou mago de ruim e ruim porque sou mago Rimo pras pomba branca ou pros corvo Dane-se o rap game The King of Fighter é que é o jogo E eu sigo loco, tipo o Choi, apeloso igual o Rugal No combate mortal com pescador, flow Kung Lao É a hora que a pineal precisa de funcionar Então, é, o processo da alimentação fotônica [Jr] Militando, sem espaço e nem tempo Contratempo da vida, me mantenho o atento A vida é uma folha de ofício, eu invento Sedento por rimas nos beats nojentos Buscando o equilíbrio, tô visando o centro No centro falaram que eu era médio Na vida batalha, sempre foi meu ego Procura a visão ou tu vai morrer cego Eu vim desvanecer igual sonho Desabrochar igual pétala Pelos versos que componho Nenhuma prisão então é perpétua Mas um em um milhão se libertam Eu vejo da luz só uma fresta E cabe a cada ser humano Fugir da sua própria caverna Mentes tão distante, contagem a preta nem sente Minha rima é muito complexa, vim do futuro, me chame de Trunks Tô elevado em dimensões, buscando Merkabah Dispenso alopatia, minha medicina é cuidar do meu chacras [Davzera] No calor das onze horas, o centro e a revolta A vida por um triz, ele pegou a moto e saiu Foi buscar o que é seu, mas já não sabe se volta Tipo leão e alvo Os clientes do assalto, oito mãos, um ao alto Put your hands up Put your hands up Um guardinha atrasado, veio com a reação Duas pessoas a menos, nenhuma é o ladrão Morreu de braguilha aberta, deixou filhos e irmãos Próximos kamikazes Flutuando, tô tipo astronauta Só que bem mais discreto Sem nenhuma roupa branca Com uma mão eu anoto, numa prancheta, tudo que observo Eu vou fluindo sem rota, cheiro o jardim da vias A dança dos satélites Eu vou respeitando a órbita Eu e meu baseado, na galáxia próxima Captando as estrelas, o som do amor delas A viajar por aí, eu confiei meu projeto Em senzala bela-verde Hoje impactos guerras, no satélite sento O baile da poeira, que demora mas chega Clareando minha mente Asteróide nos pixels, eu desfoco do mal Eu foco em tudo que brilha Esqueço os tiros por trás A desonestidade em cada telejornal O choro das famílias, de índios antigos As formas brutais Modus operandi boçal Ninguém ganha com isso Lágrimas arrancadas Eu caí pro rap Eu trabalhei pra uns crápulas Mano, a falta das placas Me dificulta as mensagens Eu trago visões inéditas Sou carteiro do eterno Substâncias são bytes Faço parte do todo