Os Calangos do sertão Multi cor camaleão A terra arde, o sol no chão A seca não para não Não tem o que comer, Não tem o que beber, Na terra que se plantava o feijão não quer nascer Nasce um calango, morre outro calango Nasce um calango, morre outro calango Nasce um calango, morre outro calango Nasce um calango uma boca pra comer, Morre um calango a tristeza a crescer, Cresce outro calango sem saber o que fazer, Vendo nascer mais um calango e a pobreza a florescer Nasce um calango, morre outro calango Nasce um calango, morre outro calango Nasce um calango, morre outro calango O calango que morreu numa cruz dependurado Achou que com seu sofrimento o meu tinha acabado A mensagem recebida com ódio e ingratidão Fez nascer mais um calango com uma enchada na mão