Dinoceronte

Laço! - Rap

Dinoceronte


Trágico, frágil, fantástico
Mas nada é pragmático
As lembranças são rompidas
Como se fossem elástico

Sinto-me fraco
Intrigado por um destino sarcástico
Pois em alguns anos
Quebram-se as memórias de plástico

Foi tão triste, mas tentei me levantar
Mas o destino insiste, persiste, consiste
Em me derrubar

Sei que é difícil
Tudo isso
O início disso
É o índicio
É um meteorito que cai
Como missíl no distrito

Me acordo, ela se acorda
No outro lado do mundo
Fenônemo estranho
Precisamos de estudo
Contudo, corpo distinto
Minha mente percebe isso
Em lugar onde não habito
Hábito incomum

Não entendo o que sinto
Mas tiro proveito disso
Novamente o perigo
É só um sonho, é só mais um

Mas não!
Evidências comprovam
E mostram que isso ocorreu
Como mundança drástica
E perguntas que ele mesmo escreveu

Tudo acabou!
Contesto o ocorrido
E rabisco em um papel
Desenho fielmente o mapa daquilo que avistei
Como andarilho

Testo, e detesto
Aquilo que vejo
Por algum motivo
Ainda carrego o laço
Em meu punho direito

Mudado e moldado
Para não realizar tal ato, fato
Passa o tempo e não continua acontecendo nada
O dia acaba
E o trato, contrato
Vai de concreto à abstrato
Velho artesanato
Em que bebo pela amada!

Naquela montanha gasta pelo tempo ouço sua voz
Mas seu nome não lembro, então te conheço por osmose
Mas no momento do ocorrido seu corpo se faz presente
Meu reflexo torna em matéria, algo surpreendente

Puxo a caneta do bolso, pego sua mão para escrever
Anoto meu nome para você nunca mais esquecer
Então te empresto o mesmo e peço para você anotar
Mas a caneta cai ao chão
Kimi no namae wa?

Já não lembrou seu nome
Estou em
Pânico
Alma perdida, procura estado
Nirvânico
Estou afundando em ambiente
Oceânico
Onde o drama romântico prático
Não existe mais!

E as brumas do tempo
Cego
Visões superificias
Réquiem velando os dias que aqui jaz
Paradoxo temporal
Aqui eu vivo
Aí não mais
Estamos vivendo em paralelas linhas temporais

Acreditei que era verdade
Mas quando provo não existe!
Quando pego o diário
Tudo prova que tu sumistes!
O tempo que não existe
Chorar por motivo triste
No passado lágrimas caiam
Aquilo não aconteceu ainda!

O tempo acaba
O tempo cega
E essa é a prova que tu só colhe o que semeia
Presos por uma tênue linha
A porta se fecha
E isto é prova que todos em vida têm sua alma gêmea!

Contorno o turno diurno
A procura de um lugar seguro
Juntam-se as luzes para o fim de um céu noturno
Mas com juros chega nozul
Para acabar com a injúria
E naquele céu azul
Já avistamos a Lua!

Ecoam as vozes contando a catástrofe que está por vir
Mas mesmo estando ali, não se atrevem nem a ouvir
E mesmo que eu grite, esperneie sobre a canção
Por algum motivo seu nome está anotado na minha mão

Eu não sei o que estou fazendo aqui em cima
Eu vim atrás dela
Mas quem é ela?
Eu nem lembro!
Desconfortado por discordâncias extremas na linha
Percebo um comportamento estranho
No própio soprar do vento

Eu sei que algo está por vir
Mas não lembro o que é
Não sei se devo esperar ela
Ou simplesmente dar no pé
Mas eu não sei quem é ela
Será que ela existe?
Eu nem lembro ao menos seu rosto
Então eu vou emobora triste

Três anos!
E na janela do trem eu avisto!
Não pode ser farsa
Eu a conheço, percebo e insisto!
Desço do trem e corro
Sigo planos e planos
Mas talvez não seja a pessoa que eu busco há anos

Coincidentemente
Na escada eu a encontro
Corrimão vermelho
Ponto de vista perfeito
A meus olhos
Com as pernas bambas
Como se eu fosse ajoelhar
Tomo coragem então pergunto
Te conheço de algum lugar?