É que às vezes eu penso que ornato É flor ornamental, com seu rico espírito Às vezes eu penso no meu quarto Como passo mal com seu livre arbítrio Molho alguns lenços, tipo orfanato É fundamental não ser destruído Às vezes no silêncio da madruga a saudade perfura E é um tiro! Eu tentei, mas Eu tentei mais Quebrou raiz Foram meros instintos fundamentais Como não me julgar pelas belas flores ornamentais? Quem destrói sua primavera Pra voltar ao inverno igual ele fez? Quem destrói sua mina bela Pra voltar ao inferno e sofrer com a sua timidez? Dez! E é andando pelas ruas que me surgem ideias Insano devaneio Matei todas flores do meu canteiro Como um lobo perdido de sua alcateia O fogo ateio Dirijo um caminhão pesado sem pisar no freio Observando o mundo ao redor Com a mochila nas costas Que esse mundo inanimado recebe a prosopopeia Potestade dos mares Maresia Tempestade dos ventos Ventania É meio tenso então eu invado E um ser normal se torna corrompido Quem com ferro fere com ferro será ferido Quem ama e cuida com ferro será ferido Eu só não quero me afastar, sabe? Das pessoas que brinquei Das pessoas que um dia eu amei Eu só não quero me afastar, sabe? Das pessoas que um dia me fizeram bem Não me force a dar adeus A mentira foi aquilo que enganou os seres tolos A verdade é aquilo que machuca os seres fracos A verdade é aquilo que se compreende pouco A mentira é aquilo que fez o frágil ser enganado Francamente, me entende? Tente! Por mais que 'cê tente sempre será o mesmo tolo O sempre nunca é existente Por mais que eu tente sempre compreendo pouco Louco Padrão me irrita tanto Rouco De tanto falar em vão Doido Maluco de pedra O motivo é a doce mentira que me leva direto ao chão Covardia de minha parte ou falta de empatia? Protagonismo é arte Egoísmo é egolatria Aqui a mentira se cria e a verdade se esconde E eu sei que em poucas horas o hoje será o ontem Não adianta se culpar em hipérbole Por ser um ídolo de má índole Repugno Hediondo Sinto-me mole Pode ver? (Ãh?) Faça a síntese Gênesis: minha mente que não entende que não pode ver Apocalipse: a mente que compreendeu pôde ver seu ser E todas essas lembranças um dia serão apagadas Serão apenas pegadas na areia que desgastam E grandes amizades se afastarão aos poucos E cada passo que eu faço, deixo esse par de pegadas E todo esse sentimento representado por laço Um dia será deixado E todos os laços se rompem Esse é meu instinto Tentar prever o futuro Infelizmente agora acabaram os dias de ontem