A fazenda itapixé Já foi canto de pousada Dos peões mais arrojados Nos transportes de boiada Ali quando fui mocinho Vi comitiva pesada Cargueiro, berrante e laço Tropa xucra de repasso Distração da peonada Quem viu o que eu já vi Buscando uma arribada Sabe que um peão do campo Tem sua vida arriscada O laço tem que ser forte A ilhada bem reforçada Precisa muito cuidado Quando um mestiço alongado Se esconde na invernada Zé vicente, o grande chefe Um dia de madrugada Vestiu seu traje de festa Pra sair numa jornada Despediu de seus amigos De sua família amada Deixando mágoa sentida Foi descansar desta vida Na derradeira morada Hoje a velha itapixé Vive quase abandonada Não se ouve mais no pasto O berro da bezerrada Eu também mudei de rumo Segui outra caminhada Adeus peões que ficaram Adeus carmo do rio claro Adeus canto da pousada Tocando a boiada uê, uê, uê boi Eu vou cortando estrada, uê boi