Falam de amor, pregam sobre o irmão Mas na rua passa reto, vira a cara pro chão Mendigo estende a mão, ninguém quer enxergar Dinheiro na coleta é o que faz eles lembrar Sepulcros caiados, por fora tão limpinhos Mas o coração é pedra, tão longe dos caminhos Colocam fardo pesado, que nem eles vão carregar Ensinam sobre amor, mas não sabem praticar Côa uma mosca, engole um camelo Na igreja a pregação virou comércio no modelo Posta na rede o que era pra esconder Caridade na mão esquerda, a direita faz valer Ricos são lembrados, pobres só ignorados Igualdade pregada, mas o palco é pros cifrados O que é sagrado virou palco de ostentação Enquanto a alma pobre só chora de opressão Líderes amam a si, esquecem quem tá lá fora Se veste de humildade, mas o ego é quem vigora Promessa de milagre pra quem pagar mais caro E o pobre no banco vai se sentindo deixado Falam que somos iguais perante o Criador Mas quem tem mais, senta na frente e recebe o louvor Selfie com o dízimo, curtida é a oração A fé que era pura, virou ostentação Côa uma mosca, engole um camelo Na igreja a pregação virou comércio no modelo Posta na rede o que era pra esconder Caridade na mão esquerda, a direita faz valer Ricos são lembrados, pobres só ignorados Igualdade pregada, mas o palco é pros cifrados O que é sagrado virou palco de ostentação Enquanto a alma pobre só chora de opressão Verdade se perdeu entre as notas de cem O evangelho virou troca, quem dá mais, leva além Esquecem o exemplo daquele que lavou os pés Mas pregam sobre o poder, cegos na própria fé Côa uma mosca, engole um camelo Na igreja a pregação virou comércio no modelo Posta na rede o que era pra esconder Caridade na mão esquerda, a direita faz valer Ricos são lembrados, pobres só ignorados Igualdade pregada, mas o palco é pros cifrados O que é sagrado virou palco de ostentação Enquanto a alma pobre só chora de opressão