Fico especado à espera da palavra exacta Tudo aquilo que era enorme, virou uma cena abstrata Arte da vida, aquilo que eu tenho vindo a viver Muita cena é acedida que eu não consigo aceder Mas porquê? Porque é que a vida é um remoinho Como é que a vida é para correr se ela não nos dá um caminho Se eu me encontro sozinho o meu parceiro não é mau Como é que queres ver o horizonte se vives debaixo de um calhau Boy tu explica… explicar não prejudica, Muitos cagaram na risada e ficaram por trás da escrita Esmaga quem te irrita, expressa aquilo que vês Vasculhas as perguntas mas não sabes os porquês Eu faço contas para três, em cima da mesa Pois do meu prato sei que como alegria e tristeza A vida é uma beleza, com coisas muito belas Mas tu logo estragas tudo quando pintas com aguarelas São unhas amarelas é a voz que fica rouca Pitas de 12 anos já com cigarro na boca Uns querem vida loca, mas só para marcar pausa Depois batem lá com as costas não sabem qual é a causa Naa.. a vida é rápida é um segundo Faz a tática porque isto não da para vagabundos Quantas vezes eu chorei, quantas vezes eu sorri Disso eu também não sei, mas também não é por ti Quantas vezes eu sorri Quantas vezes eu chorei Quantas vezes de fininho buéda merda visionei Quantas vezes, quantas vezes Quantas vezes eu sonhei e apostei percebi que isto não da para ser rei Muitas vezes eu paro Muitas vezes eu penso Muitas vezes eu reparo Muitas vezes dispenso e penso, Vejo até onde a ironia tem preço Posso perder o início mas no fim eu sei que venço Aquilo que tu vês à tua volta Sobrinho mata a tia, chibaria e revolta Gente influenciada, putos dão banhada Hoje roubam gomas, amanha à mão armada O dia-a-dia passa, turistas e desgraça Mendigo arruma carros para ganhar uma carcaça Miséria na rua e com problemas nas artérias Mal tratado, desprezado, ignorado por gente séria A vida é muito curta para a ironia Se entrasse no sufoco, muito pouco eu duraria Rotina é porcaria, mas só pra quem ta mal Eu vejo pedofilia como agulhas no casal E não da, nunca deu, não é agora que vai dar Se pensas perversamente, então pensa em mudar Há crianças a sonhar por um futuro melhor Com ideias tu planeias com uma atitude hardcore A vida é falsa! Boy realça não tenhas medo Ela quer o teu braço se tu só lhe deres o dedo Eu mantenho o meu segredo com sentimentos plenos Dois ouvidos e uma boca para ouvir mais e falar menos Sem venenos, sou modesto e livre Sempre tive o que queria mas só mostra o meu calibre Tu deste a manivela mas a janela não se abriu Aqui não es bem-vindo, fecha a porta tá frio Quantas vezes eu sorri Quantas vezes eu chorei Quantas vezes de fininho buéda merda visionei Quantas vezes, quantas vezes Quantas vezes eu sonhei e apostei percebi que isto não da para ser rei Muitas vezes eu paro Muitas vezes eu penso Muitas vezes eu reparo Muitas vezes dispenso e penso, Vejo até onde a ironia tem preço Posso perder o início mas no fim eu sei que venço