Acordamos na tempestade de mar cinzento Remando fortemente contra a chuva e o vento Artilheiro, primeiro, pregoeiro e estou vivo Mero verdadeiro, certeiro como o ivo Subversivo mas mantendo disciplina Respirando o veneno dessa vida assassina Que mata-nos aos poucos, torna-nos mais loucos Suborna o amor mas, mantemos o foco Que é informar e firmar quem precisa Amar, acalmar, reanimar quem paralisa A luta continua mas, a glória não espreita A luta está na rua e a vitória lá é estreita A luta continua manter-se firme é preciso Escuta e não recua não mete o fim no sorriso A luta continua continuar é o intuito Yá é a carne cruacom o sabor do infinito Sete notas, sete gotas; sete rosas a desarochar Ainda brota, a mente aposta; vamos continuar lutar Ainda estamos cá, sem motivos para bazar Ainda estamos cá, com mil motivos para música A quanto anos nos aponhamos e lutamos juntos A quantos anos caímos e levamos juntos A quantos anos olhamos e choramos os mortos A quantos anos esperamos chegar a algum porto Cada dia é um passo para esperança Cada poesia é um laço para segurança Cada lufada de ar que respiro é crucial Cada suspiro dá-me mais esperança surreal Cada punho cerrado é esperança também Quem morre leva sua esperança além Se a moral é mostrada pela força, sinceramente! Não é moral, é totalitarismo realmente A moral se põe pelo caráter e dignidade pessoal E a resposta terá obediência e respeito pontual O preço pela paz, sempre foi bastante alto E esse apreço só me faz, pôr mais cedo os pés nos asfalto Sete notas, sete gotas; sete rosas a desarochar Ainda brota, a mente aposta; vamos continuar lutar Ainda estamos cá, sem motivos para bazar Ainda estamos cá, com mil motivos para música