Part: carlão Olho pro céu nublado e sombrio um filme segue em minha mente A lágrima cai do semblante o que o coração vê ele sente Infelizmente eu culpo a vida miséria não vem do tempo Desgraça não é conseqüência é herdada da porra do berço Então vou, vou com fé porque a mesma move montanhas Quem sabe um dia eu tiro da merda quem me tirou das entranhas Enfraquecida vítima de tuberculose e pneumonia Eu preferia que a injeção fizesse efeito na sua barriga Vou pelo inevitável ao que o país me predestina Ostento com orgulho o sangue da vítima na coletiva Autonomia conquistada com ódio sangue facadas Encontrado o paradeiro refém com as duas pernas amputadas Na febre da extinção da fome eu vou pro que der e vier Tiro 10 divido com 20 aí está meu baixares Ou engavetado na geladeira em qualquer cidade em qualquer necrotério Velado por mim mesmo na capela do cemitério Jesus meu senhor pai criador todo poderoso Tua palavra diz que há um tempo pra tudo e pra todos Eu sei que a minha vontade não faz parte do seu conceito Mas espero que a próxima bala seja bem no meio do peito Empresário bem alimentado sentado na mesa assina o canhoto Ao mesmo tempo o encapuzado na fita do assalto garante o almoço Pow pow foi que foi na justiça da polícia Condecorado exibe a medalha na coletiva Então se o cu faz da defesa a cerca elétrica e o cadeado Aqui o revolucionário faz da uzi a faca e o garfo Errado é pedir esmola pro pivete subnutrido Sustentar a filha de 14 parindo o primeiro filho Insisto em reivindicar a extinção da desgraça alheia Que o sangue no rosto da mãe seja o fator em evidência Aqui a tristeza predomina doença agravada 2005 abolição de sangue dor consumada Refrão 2x Aqui o sangue escorre no cenário de terror Sou portador da dor explícita...sou portador da dor Aqui o sangue escorre, morte a todo instante Justiça feita a sangue...abolição de sangue Part: douglas Dor que foi propagada pela mansão e pelo importado Futuro interceptado, um sonho metralhado O blindado brilha os olhos eu sei, desperta a ambição Faz você perder a vida faz sua mãe te beijar no caixão Desespero seu grito de dor não comove o seqüestrador Sua vida só depende do celular e do negociador Eu mijo e cago em cima do retrato do seu filho Depois eu mando o endereço do cemitério clandestino Por muitos rejeitado, apedrejado,crucificado, Desvalorizaram o mar de sangue do maior revolucionário Seu cofre ta protegido graças a grade da mansão, Que a segunda vinda do messias não seja em vão Navio negreiro passado negro, o sangue lava a honra Sofrimento gritos de dor eram ouvidos a noite toda Homem branco trouxe a doença, destruidor de vários sonhos Fuzilados a queima roupa, ódio no olhar revolta no rosto Sigo a risca a minha missão, faço o que o país quis Pus a bandeira nas costas, paguei propina e fiquei feliz Ou faço por minha vontade e sigo com o prato vazio Espancado torturado desfigurado no terreno baldio Filho me perdoe pela carência da mamadeira Fiz você se contentar com o rango podre da lixeira Cuida do seu sobrinho que a sua irmã vai trazer comida 20 conto 30 conto o ganha pão de esquina em esquina Aqui o abandonado almeja o sonho da ascenção Que seu filho de tênis caro não vacile no meio da rua então Não chore, não lamente foi o brasil que procurou Quem carbonizou seu filho foi o país quem implantou Relatório lapidado carimbado com sangue de rico Aqui quem mata não é por necessidade e sim por instinto Aqui o sangue escorre mas pra tudo tem um motivo Sistema sua extinção é o nosso objetivo