[Diegues] Eu sou a contra-indicação do sistema O pesadelo pra esses vermes de gravata Tenho mais de 900 problemas Mas se eu desistir da vida A própria vida me mata Eu vim da selva da baixada, fí Onde eu nasci A vida não é bela E a situação não é farta Mas não é de um todo ruim Meu parceiro Na Noroeste eu aprendi Que tem dois gumes na faca Eu sei que eu amo O lado sul desse mapa Que é estampado em três cores No carro de quem mais mata A caminhada é feita na corda bamba Hoje morre quem não entende o peso de uma palavra [Cicerone] Cria do bairro, eu sou louco da crônica Quantos vi andar, quantos vi chapar Vários pra apontar, dizem não vai dar (IummSeeê) Contra tudo isso é bom respirar Viva! É bom vida! Puta dádiva Que é pra você (ehhh) Eu sou a viela de gente feliz Um salve aos guerreiro, nóis somos raiz Muita música, muita grana E espaço sobrando, minha história eu fiz Somos bom de viver Mas não deixa azedar É melhor tu correr Em pensar, prosperar! [Diegues] São linhas sujas de bueiro Requinte no beat de pic cabreiro Que o Caio, ligeiro, largou sem receio Pra nóis maloqueiro Em delírio disse Pelo amor! Somos intriga pro algoz Temos orgulho de nóis É nosso canto, nosso jeito Nossa gente, nossa voz Vamos a pé pela paz No passo a passo veloz Subversivo demais Verme num guento com nóis Ritual de maloqueiro Pesadelo de opressor Sentimento verdadeiro Merda no ventilador! [Sampa] Eu carrego a quebrada no peito E sem preconceito, a vida é uma só Se te pegam na calada, é sem dó E sem novidade, a vida só muda Se fazer sua parte É preto com branco, branco com preto A rua é nóis e vai ser desse jeito Terceiro Tempo vai fazendo história Comboio é o time, vai ser nossa glória Sua felicidade não vai vir com Dória Meu time em campo, não tem bola fora O mundo me chama lá fora Beijo na família minha hora é agora Em cada beco, uma mãe que chora A chuva que cai alaga onde ela mora Não deixe que o peso da vida te mate E eu vou fazer minha parte