Passo pelas ruas da cidade Observo atento e ninguém vê Sobre as calçadas da cidade Observo atento e ninguém vê Ninguém vê Ninguém vê que as placas Apontam em falsas direções Ninguém vê que são artificiais As flores plantadas no chão Por entre as pessoas da cidade Observo atento e ninguém vê No meio dos poetas da cidade Observo atento e ninguém vê Ninguém vê Ninguém vê que ninguém se vê No meio dessa multidão Ninguém vê que nenhum deles Consegue mais escrever uma canção Pelos bares da cidade Observo atento e ninguém vê Retorno pelas ruas da cidade Observo atento e ninguém vê Ninguém vê Ninguém vê que os bares Estão cheios de falsas aflições Ninguém vê que pelas ruas Eu passo, observo atento E ninguém me vê