Rufam os tambores, povo mandingueiro Quilombola, batuqueiro Imperadores é meu candeeiro Diamante negro que reluz em mim Eu disse que seria assim Ê, ê, gurizinho do vovô Chega pra cá escuta o que vou contar No colo das yabás foi que me criei Sou do congo, de angola onde fui menino rei Ah, eu vim de lá O meu destino ifá clareou de axé Ah, eu vim de lá nos braços de Iemanjá Flutuando nas marés (sou eu) Resistência onde houve (temor) Alma e força de um baobá Sou imperador Sorriso onde plantaram dor A ancestralidade dessa aldeia No branco da paz Eu sou o vermelho que corre nas veias Mareia, ô Mareia o amor ao encontro do mar Mareia, ô Mareia a saudade que hoje veio marear Em areais plantei a devoção O samba mandou me chamar Assim eu cantei e dancei Água de cheiro para a vida perfumar Com irmãos do xingú eu andei Orei Gandhi, obatalá Sinto informar a você Nossa missão é resistir Nessa luta que o negro construiu De quantos pains se faz um Brasil?