Na palma Entre cantorias Num arrecife, rebojo do mar Que guarda a nossa alegria E fez raiz, raiz popular! Labuta que forja a alma De mente vazia, jamais vou voltar Plantei as margaridas Para o quilombo aquarelar! Mas a cidade não é só de poesia Da Leopoldina sentinela Firma o batuque, velho batuque Da senzala pra favela O povo tem fome de quê? A palavra é alimento Mas é luta, meu senhor Quem rezou no firmamento Não pode esquecer da dor A palavra é movimento Resistência, meu senhor! Nas estrofes dessa vida Deixei um verso de amor Fui preparado ao som dos gongês A Ponte Aérea é assim Suor retinto pra mim Solano verso um samba musiquei