Num sonho mar a dentro eu vou Do éden fazer o meu quintal Um reino que pouco sei da cor A dor carrego em meu punhal Sumé eu nunca imaginei te ver tão branco Mas, não podia me deixar morrer E ver sorrindo quem está sangrando A pindorama que me viu crescer Foi tanto pau Brasil e tanto vil metal Fez de abril, seu carnaval O verbo não seria invadir Se o espelho que me deu Te fizesse refletir Na terra da ganância Religiosamente impera a partilha Sob a lei da escravidão Na grei da companhia de Jesus O tumbeiro que navega a solidão Retinta liberdade guiada pela fé Reluz modernidade no ciclo do café Meu samba cruzando fronteiras Da era Mauá à praça da bandeira No meu coração a pioneira Meu paraíso, meu amor Sou filho desse chão E o nosso pavilhão, levarei por onde for