Enquanto faço essa sopinha Penso na sua e na minha Vida Não sei bem o que quero Se ser zen ou abrir uma cerveja Enquanto canto nessa cozinha Vejo a validade dessa latinha Lembro que vou morrer Antes do ano dois mil E setenta Quando eu for um fóssil Não terei remorsos Talvez seja mais fácil Não te amar, nem fazer negócios E quando janto essas letrinhas Lembro da rua e da nossa Briga Finjo ler o jornal E a vida vai seguindo na mesma novela Se eu for embora Jogo a sopa fora Digo tchau pro cachorro Nada mais me protege, nem me apavora