Sabe, eu sei Sabe, eu sei Sabe, eu sei O amor esconde a dor Esse sistema social Que camufla todo problema Mais normal Sociedade de papel Descarta qualquer coitado na rua sentado Sem preocupação sem percepção e sem opção Largado no chão daquela rua Se morrer quem tá ali pra ver? Quem vai chegar perto pra tentar socorrer? Valores trocados Ele só te pede um centavo Um dinheiro pra marmita E você pergunta, mas e é pra pinga? Ele diz sim senhora Então você fala Toma aqui sua esmola, agora vai embora Vê se não me amola sai do meu pé cara Já não dei o que você quer? Mas ele só tava com fome minha senhora Mundo estranho Corrupção e hipocrisia sem tamanho Quem vai olhar pra ti Se você mesmo não conseguiria se assistir? Pensamentos vagos Sempre correm pelo lógico Sempre fogem pelos lado Mas sempre se perguntam Qual meu propósito? Não sabem Só andam de lado a lado Tentando criar suas próprias ilusões Mas se perdem em irreais soluções Suas verdades não são reais Não são reais Não são reais Não são reais! Sentimentos oprimidos Por aqueles que não sabem lidar com a dor Nascemos iludidos com a presença do amor Logo após um segundo de fraqueza Toda sua certeza é abalada por uma vida marcada Cheia de cicatrizes que adquiriu ao longo da sua passada Por esse mundo Estamos de passagem Na verdade, não somos nada Mas na verdade É isso que nos torna o que nós somos Nada Sabe, eu sei Sabe, eu sei Sabe, eu sei O amor esconde a dor O amor esconde a dor (O amor esconde a dor Que se encontra nas profundezas de nossa alma Esse vazio existencial sem fim Que também nunca teve um começo Morremos todos os dias a procura da resposta Mas ela simplesmente não existe)