Não nasci pra ser sombra Eu só vim pra ser luz E não quero puxar a carroça, Nem seu saco, nem a cruz Sou passarinho nessa gaiola Quis ser palhaço, mas fui a piada Me prometo sair dessa fossa Tirar das costas três toneladas Não sou pedra para ser lapidado, não senhor Já estive bem distante Muito longe, em outro planeta Me tranquei no banheiro E bati muita punheta Por pessoas tão amadas Das mais lindas às mais enfeitadas Porém hoje tô aqui Com os olhos abertos e as mãos calejadas Não sou pedra para ser lapidado, não senhor Um ventilador gira sobre a minha cabeça Uma mulher me matou Uma me fez, outra me fez de besta Vou virar a página Mudar de capítulo Continuar a história Antes que eu enlouqueça Não sou pedra para ser lapidado, não senhor Não nasci pra ser sombra Eu só vim pra ser luz E não quero puxar a carroça, E nem quero que ninguém me puxe A liberdade existencialista Te condena à sua própria estrada Até quis saber de tudo Mas, com tudo, não sei de nada Porém, contudo, não sei de nada Mas, com tudo, não sei de nada Porém, contudo, não sei de nada