Eu ando pela rua que eu moro Sei que eu nunca incomodo Mas preciso mudar Já que hoje eu não tenho cigarro Só balinha no saco E muito pra te falar Do jeito que caminha a trilha Os traços da minha vida Eu to quieto demais Rock santo Deus pecado Se eu acordo cedo Acho que eu não to normal Procuro o que fazer no banheiro Sei que não levo jeito Pelos mapas astrais Namoro mais um pouco o espelho Sei que fico com medo Se ela quer se casar Eu temo se escrevem sem freio O livro da minha vida Para os meus ancestrais Não tem nada Que me faça Acreditar que o agora Nunca é tarde demais Acordei do encanto e mágica Deitei livre nos campos, e cadê a diva? Queimo a fé todo dia pra levar Leve o som, listas, lindas cores, suave vida Escolho qual o dente eu arranco Se o domingo não passa E é fraco pra me matar Espero o ladrão do meu carro Já que está demorando Na garagem entrar Carrego enfiado no peito Seus fantasmas e medos Sem alarde e lugar No meu canto Incomodado Inconformado e fraco Até o acaso chegar Já usei tanto o coração, dívida Já fiz frio sozinho, longe lá Canto o canto de eu mesmo, pra levar Leve a vida, segue sossegado e solto no ar Já fui o estrelinha da festa O bonitinho da peça E o comedor do lugar Soluço meus pecados do peito Minha saúde sem freio Doida pra me levar Eu lembro a cara dos meus amores Quase todos os nomes E o jeito de acordar Eu sou o encosto O lado oposto Sempre pronto Se eu resolver me mudar