Moço da canoa, de chapéu de palha e fumo interessante Eu vim de longe carregando as minhas coisas no meu coração Pra te contar, que eu não pago nada a reclamar, do que eu sou, e por que venho Pra te mostrar, do que de bom eu sou, me assusto, por precisar, da sua companhia ao fim de tarde Moço da canoa, ancião dos loucos assustados bons Essa cabeça branca, a pele escura e a mania de olhar nos olhos Pra mim entender, eu tenho um grande amor, bons amigos, minha paz, família dentro dum tesouro Como é que faz, pros dias que insistem me mostrar que o mundo não é como se fosse o meu Tem dia que o tempo é hora pra passar Acostumado sou eu, a não ver o dia acabar Estar sozinho como agora é paz de Deus, Moço da canoa me explica qual o preço por pensar demais... Moço da canoa de um jeito de mostrar, que o caminho é esse, Que de outro jeito eu nunca quero estar... Voa, soa leve como a roupa no varal, Branca, esperando pelo carinho do vento... Passe bem, moço da canoa, passe bem Seu nome eu nunca vou saber, Você é feito de imaginação... Tem dias, como hoje que é fácil esquecer, Guardo no coração, pra que um dia tento passar pra vocês...