Ao morrer da tarde de um dia qualquer Ao chegar a noite eu me despertei Sonhando eu vi aquela mulher Que aos pés do altar um dia levei Vestida de branco, de véu e grinalda Saindo da igreja sorrindo ao meu lado Que cena mais triste eu presenciava Porque me obrigava rever o passado Desculpe, não pude conciliar o sono De novo eu dormia sonhando com ela E neste momento ela tinha outro dono Que de mim sorria abraçando ela Vi o meu filhinho que tanto adorava No berço chamava seu nome também Vejam o resultado que um homem traído Nem mesmo dormindo sossego não tem Hoje tenho medo de tudo e de todos Minha própria sombra me causa suspeita Vejo na mulher uma pedra de gelo Assim como brilha tão breve é a despeita Tenho os dedos sujos, não posso apontar Erros de outros, também tenho os meus Não peço a ninguém que confiem em mim Sou homem descrente e só creio em Deus