Se calo a voz, me faço presente Me encontro e me despeço Consciente de um pretérito-futuro ausente Em corpo-templo aqui entrego As máscaras do ego E o tempo dança ao som da criação: Om Somos sopro, somos luz Rocha e vibração Matéria e universo Multiversos canais em expansão Conectados por um grande elo Indiferenciáveis distintos sujeitos sociáveis Somos deuses Artistas do cotidiano Somos livres Sou homem e sou mulher Se acaso me declaram branco, sou vermelho, amarelo e negro Dual e múltiplo Em um só ser Eu sou você, quando encontro a paz Eu sou você, quando encontro a paz Me torno mar Quando encontro a paz Me torno meu Quando encontro a paz Me torno seu Quando encontro a paz Me torno céu Quando encontro a paz Me torno luz Quando encontro a paz Me torno Deus Om Sei que vão falar, gritar, julgar, culpar Sei que vão querer desafinar o meu Rock’n’Roll Sei que vão ditar, podar, moldar, calar Sei que vão querer desatinar o que eu sou Mas hoje eu sei! Hoje, não amanhã! E, ao mesmo tempo, nada sei