Da natureza que eu extraio a minha cura Pra amargura da cidade cinza em seu tom tortura pura Magia de rua, ecoa em cada palavra Meu universo é nem um terço do que anexo hoje nessa estrada E o que explana a mente nem sempre é o que expande Comumente a minha certeza por aqui é ignorante Erroneamente mutante meu coração sempre plana nesse voo piloto Fora do plano prototipicamente humano Meu projeto de vida aqui no planalto é fumaça na garganta Água encanada e sombra de prédio bem alto O arquétipo da civilização que hoje encanta É carro bacana e pose pra tirar o tédio com status E dele eu tiro um extrato, vejo todos os meus gastos fúteis E eu só concordo e me contento com meu saldo Que ainda com isso é alto, não sinto minhas próprias dores Meus filhos não me comovem choram enquanto eu trabalho Esse é o externo pra cumprir os requisitos Na verdade eu me sinto longe de tudo, inclusive do que eu quero Fui forçado a trabalhar com esse lixo Concretamente invisível pressão social, é o martelo e eu sou o prego E eu não me entrego, suporto toda essa dor, vejo as luzes da cidade M Norte sem corte aqui tem valor Sinceridade na conversa que levo com meu propósito urbano Na contramão do que o cerrado julga o certo E sem mistério essa é minha percepção, sobram padrões sociais São várias vias cê decide a direção Arte, libertação, escritórios, comércios, muros com tinta, rodovias Faixa exclusiva, acessos Grades, concurseiros, drones, desafetos, universidade pública, comédia, ministérios Remédios escassos, vícios, cultura inestimável, egoísmo alicerçado, coração planalto