Cinza cerrado, valores que se dissipam igual as moléculas, nítidas Mas eu sou míope e não percebo O descaso de amores secos como os do Drácula Minha alma se prepara pra sangrar até o cabelo Pálido esse solo não é fértil É duro e cinza mermo e esse contato só me gera mais medo Entendo hoje suas necessidades, cidade, mas por favor me escute Caso contrário me execute! É óbvio o seu senso de urgência, seu desejo de vitória Suas construções em massa, seu apego O foda é carregar todo esse peso, descompassa E minha morta memória, jura em vida nunca te esquecer O próximo passo ainda não foi dado Magnífico é o retrato e essencial é o semblante com que eu o trato Histérica ousa me afrontar, me encurralar Mas não consegue sou invisível, difícil de rastrear Cabível sua máscara de Jason Mas é fake e de perto eu vejo que é feito de palha, então não deixo Eu ser omisso frente a tudo que almejo Pra mim cê é só um espantalha no meio de todo esse milheiro Megalópole, numérica, frágil, áspera Cortante, relativa síntese de Einstein e Kant, perfeito 50 anos em 5 traz os seus efeitos Prolixo eu sigo nessa guerra contra os seus defeitos Meus próprios pesadelos, edifícios Meu cerrado que monocromático concreta morte em indivíduos Mata mais que a Sousa Cruz em seu ofício, esse é o vício dessa capital onde o coração é menor que o Umbigo Gatilhos hoje feitos de papel, pedra, tesoura corta essa corda e lado mais forte é cruel Esse é o incrível poder com que o poder te recompensa Vida longa, mas longe das suas crenças