A praia de Ó é minha pasárgada Na praia de Ó namoro com a filha do vento Aqui sou amigo do rei, do mar, do mandarim Do Serafim do cultor dominical de abismos Aqui me encontro nas dunas com Bach, Liszt Shubert, Shumann, Villa Lobos, Mozart Subo em burro brabo com Manoel Bandeira, Murilo Mendes Quevedo, Quintana, Drummond de Andrade Aqui eu não sou nada apenas alcanço O reino intermediário de sútil realidade Que só pode ser visto pela imagem Não é a isto que aspira um livro de poemas?