ASSA Um turbilhão poluindo Sua fachada de barulho e diesel Uma vez que já se acostumou Com a rota perene dos coletivos Onde `as vezes me escondo Da freguesia que te esconde Causando-me impaciência E fadiga Subitamente aparece Louca E passa em tom fume Pelos meus óculos Desvio, retorno Saio do rumo Frenético e taquicárdico Como se voltasse no tempo A cura do anseio vem do remédio Feito com o veneno do objeto do desejo Que ainda não me presenteou com a picada Deixando-me como ave em pane Castelos aos avessos desfiguram o sonho E instalam as tragédias que pressinto Mas como pássaro em reconhecimento Pouso ainda livre em sua torre Nela um dia vou me sentar E retomar o curso dessa cena Isenta e sem cortes Com o aval de suas penas