Pertinho da minha casa Nesse confins do sertão Tem uma pequena mata Que é um paraíso no chão Quando eu estou de bobeira Disso eu faço questão Vou caminhar nessa mata Cantinho do coração Sempre que vou nessa mata Eu levo meus companheiros O meu velho vira latas E o outro um perdigueiro Não, não vou caçar não Apenas dar um passeio E pra aliviar a gastura Acendo logo meu paieiro Se encontro a mina jorrando Vou logo molhando a garganta O cheiro da mata me agrada Aqui me sinto uma criança Vendo a alegria dos bichos Olhando a beleza das plantas Eu me pergunto se ainda Ao homem resta esperança Tudo transformam em pedra Acabam com a vegetação Eu sei que um dia talvez Vão chegar nesse sertão Mas não consigo entender Como podem abrir mão De respirar o ar puro Vivendo na poluição