Nossa singela homenagem ao querido mineirinho Ataulpho Alves Eu nunca vi fazer tanta exigência Nem fazer o que você me faz Você não sabe o que é consciência Não vê que eu sou um pobre rapaz Saudade de quem? Ai, meu Deus, que saudade da Amélia Aquilo sim é que era mulher Às vezes passava fome ao meu lado E achava bonito não ter o que comer Quando me via contrariado Dizia: Meu filho, o que se há de fazer! Amélia não tinha a menor vaidade Amélia é que era mulher de verdade Comigo Sei que vou morrer, não sei o dia Levarei saudades da Maria Sei que vou morrer não sei a hora Levarei saudades da Aurora Como é que é? Quero morrer numa batucada de bamba Na cadência bonita do samba Outra vez Quero morrer numa batucada de bamba Na cadência bonita do samba Ai agora Você passa eu acho graça Nessa vida tudo passa E você também passou Entre as flores Você era a mais bela Minha rosa amarela Que desfolhou perdeu a cor E agora você passa eu acho graça Nessa vida tudo passa E você também passou Entre as flores Você era a mais bela Minha rosa amarela Que desfolhou perdeu a cor Laranja madura na beira da estrada Tá bichada Zé ou tem marimbondo no pé Como é que é? Laranja madura na beira da estrada Tá bichada Zé ou tem marimbondo no pé Quero ouvir Covarde sei que me podem chamar Porque não calo no peito dessa dor Atira o que? Atire a primeira pedra, ai, ai, ai Aquele que não sofreu por amor Covarde sei que me podem chamar Porque não calo no peito dessa dor Atira o que? Atire a primeira pedra, ai, ai, ai Aquele que não sofreu por amor Mas, leva Leva meu samba Meu mensageiro Este recado Para o meu amor primeiro Vai dizer que ela é A razão dos meus ais Não, não posso mais! Vai dizer que ela é A razão dos meus ais Não, não posso mais! Não, não posso mais! Não, não posso mais!