A noite veste seu azul mais que profundo Fim de trabalho ao despertar do vagabundo De bar em bar onde a vida é carrilhão O tempo é sem razão, o mundo é ilusão da madrugada Como eu tentei, meu Deus mil vezes esquecer você Mil vezes eu chorei, mil vezes deu em nada É noite alta, um clarão já vem surgindo Já em frangalhos, meu vigor desmilinguido Viver sem par, na mesmice de um moinho Sem rumo, sem carinho, na íngreme extensão da escalada Como eu tentei, meu Deus mil vezes esquecer você Mil vezes eu chorei, mil vezes deu em nada