Engolidos pelo concreto Sufocados pela rotina Nossos cérebros derretidos Dentro da massa encefálica No trânsito alucinado ou fritando no asfalto Na avenida, na agonia, a tortura que ninguém denuncia Escravos itinerantes, num desfile macabro Num efeito dominó, sem saída no dia-a-dia Consumidos pouco a pouco Na entranhas e artérias Nesse formigueiro febril - 4x Sob o sol escaldante Tráfego angustiante Se esbarrando nas calçadas Cotidiano de raiva Acorrentados na desordem A herança dos antepassados Ilusão na metrópole Afinal somos meros resultados? Quarenta e dois graus não te deixaram pensar Na província saara o raciocínio engata Consumidos pouco à pouco Nas entranhas e artérias Nesse formigueiro febril - 4x