Dita Amor bandido escuta o quê eu digo Eu continuo vivo tô falando contigo Copacabana tem aquela má fama Mas dá muita grana trepar com bacana Honorário farto o ano inteiro Esperar pelos gringos chegar fevereiro Febre da selva favela de pedra noite suja nome de guerra Nossa Senhora Barata Ribeiro tecla virtual quanto puteiro Banho de espuma que porra nenhuma Quem não cheira fuma não se apruma Ipanema Gávea Barra Leblon promessa De muito ganho pura ilusão O leão de chácara vai te esperar Até o último centavo nada irá sobrar Tá na resenha da luta ferrenha Ponha camisinha não fique prenha Escravas brancas cabelos louros Escrava negras, boca de ouro Um anjo um broto que já nasce morto Pensamento torto clínica de aborto Cargo chulo carro de luxo o lucro É pouco mas tem muito custo Caia na agência, sem experiência Rosto bonito dê a preferência Bunda de saúva você tá uma uva Mas vai ficar viúva cedendo à vulva Arrebenta o hímen da virgem feliz Agora um clitóris de qualquer infeliz Fetiche script boquete internet mundo Hi-tech AIDS site kitinetch Regime detenção semiescravidão na lei do ilega L também tem exploração O dia inteiro num apartamento O telefone toca a qualquer momento Direto pro motel fora do bordel Sem a proteção do Arcanjo Miguel Beijo na boca é o que gama o demente Na cama ele diz que te ama Dependente químico paciente clínico Usuário do crônico do caixa eletrônico Quando o corpo murcha você cai na pista Dar pra taxista brigar com as bichas Minissaia preta, vermelho batom Em frente à praia azul gás neon Polícia militar polícia civil faz o que faz E diz que ninguém viu Meu bem toma cuidado com a playboyzada Que quando drogada quer dar porrada Hoje a sua foto nos classificado S logo mais você num bar de viciados Puta rampeira acordada a noite inteira A mesma choradeira cheia de olheira Oh! Dita me liga me diga Como você tá como é que vai a sua vida? Dita me liga Dita me diga Como vai você Como é que vai a sua vida? Eu já não posso mais julgar ninguém O sexo é a sua arma é o que você tem Eu sei que nunca terá uma justificativa O que no desespero é uma alternativa A sua amiga diz para sair se divertir vamos curtir Vai ficar parada aí? A mente padece a vista perece O corpo fenece a gente falece Na loja do shopping a grana não via o salário Não rendia a maior covardia Eu ainda tô moço e cachorro quer osso Não dá pra viver sem um puto no bolso Seu tempo é louco e ainda e já é tarde Pra estudar esperar faculdade O segundo grau feito nas cochas nem Que a prova fosse tão frouxa Sua família não pode esperar comidas E roupas contas pra pagar Você não confiou não acreditou em mim E a sua ansiedade decretou o nosso fim Com uma dor no peito eu sigo cantando Pra que nossa gente continue respirando Um abraço na minha tia outro na sua irmã A minha Pingalã garanta o seu dia de amanhã Ouça o meu coração e fique sabendo Que por mim você não estaria se vendendo Eu fiz o que pude o que eu pude eu fiz Desculpe se não deu para fazer você feliz Eu não sei o que é pior eu não queria estar Só o caminho mais rápido nunca é o melhor Tempo perdido vida bandida algo de errado, tendência suicida Eu perdi você para o dinheiro O que posso dizer cuide bem dela parceiro Conto urbano poesia urbana Criaturas da noite a primeira dama Santa Rita Escrava Anastácia Escravo de Ogum Santa Engrácia No antebraço a tatuagem no canto da sala a tua imagem Mas a que fica na minha lembrança É a daquela garota cheia de esperança É muito difícil trair os meus princípios Com seus artifícios de parco sacrifício Eu sei como é que é a vida de gente pobre Cada um se vira da maneira que pode E o que a gente capta dessa bravata É que ninguém gosta, todo mundo se adapta Oh! Dita me liga me diga Como você tá como é que vai a sua vida? Dita me liga Dita me diga Como vai você Como é que vai a sua vida?