Lúgubre Uivo do Orvalho - Floresta sedutora Abraço a tua negra essência com Dor Lugar de verdades… Outrora banhada pela alegria cintilante Mas no final, a tristeza sempre foi o teu marco na vida Ela está enterrada neste chão áspero, murcho de vida A minha vida solitária por ela caminhou Na sua placidez ouve-se as folhas a balançar E no silêncio escuro a sua imagem desgasta-se Foi naquela noite de Fevereiro, que o ruído se extinguiu criando um invólucro de calma em meu redor. Tudo estava Morto, toda a vida se calou. Isolado neste trono de árvores aclamo este momento, declino a verdade. Lúgubre Uivo do Orvalho - Sob o quarto crescente, semblantes flutuam no mato encoberto Os tambores marcam o ritmo da marcha sombria Neste ambiente repleto de melancolia, Arrasto-me pelos arbustos húmidos Os devaneios do seu toque são intensos… Tão genuínos Sentimentos estão enterrados neste corpo áspero, murcho de vida Sangue solitário por ele caminha Em placidez vejo a corda balançar E no silêncio escuro a minha vida desgasta-se por ela Passava da meia-noite quando a coruja deu sinal, a sua mão gelou num instante. As suas derradeiras palavras saíram sem fôlego, as lágrimas escorreram pela sua pálida face. Morri por dentro naquele dia, calado fixei-me na essência da Morte. Vivi Morto.