Moleque de rua acorda vem o camburão Trazendo suas idéias, traficando informação Largado na rua por aqui já é normal Vivendo sem moradia e se cobrindo com jornal Cheirando cola, como se fosse alimento Que fortalece a alma e faz esquecer o sofrimento Sentado na calçada, tomando a sua lição Deixando de ser criança pra se tornar um ladrão Ooo! Eee! Uoooh! Moleque! (Moleque de rua, moleque de rua!) Não, não, não e assim que tem que ser! Não adianta chorar, não adianta correr! Já se acostumou a ser a cara da realidade A ser a mais um coitado, o lado B da sociedade Bate de casa em casa ou parado no sinal "Tia me da um trocado, por favor um Real" Perdido na loucura, não enxerga a solução Não avista a saída em meio a escuridão