Corpos em retirada Você estende a sua mão Dizendo até, partindo a maré, pra ir contra a fé Seu sorriso em retirada Você se vê sem a fé Amando até, os restos de pé Partindo a maré As possibilidades te negaram desde sempre Você se corrói, a ira te mói, a vida constrói Todas as conclusões em que você chegou Você se virou, partiu, retirou e então se moldou Mas você ainda é gentil Com esperança infantil Sem vaidade e senil Ama os largados, acolhe os errados Sua maldade partiu Conversas distantes de um homem errante Não vão ajudar, melhor as largar pra se libertar Sentiu por fim seu luto Em apenas um sussurro Você se destrói, mas sabe que só, com tudo constrói A sua fala febril Nega tudo que é vil Acolhe, sofre, persiste, não morre Resiste ao fim, não nega que assim Vai acabar enfim