Ao pé da cruz, achei-me ajoelhada E tão amargurada, tal cena contemplei O sangue que escorria, a dor que Ele sentia Confesso que chorei As mãos ali cravadas, feridas ensanguentadas Eu pude bem notar Naquele meigo rosto, as marcas do desgosto Sem nada reclamar Eu pude ver a coroa cruel O horror do amargo fel Seu lado transpassado Os cravos dolorosos Seus olhos piedosos, um justo condenado A voz que ao Pai clamava Bradando suplicava, perdão ao pecador Mesmo quase morrendo, angústias padecendo Mostrava Seu amor Eu sei, Jesus, sou eu quem merecia Tamanha agonia, sofreste em meu lugar Prá dar felicidade, salvar a humanidade Tiveste que pagar Um preço fabuloso, Teu sangue precioso Que imenso valor! Tal cena não esqueço Jesus eu não mereço O Teu perdão, Senhor!