Fecho os olhos gostava tar longe disto Na terra dos filhos de Deus todos sofrem como cristo O céu é para lá das nuvens e eu resumo: Tão andarem no paraíso debaixo dele putos fazem nuvens de fumo Fornecedores têm quilos, notas pretas quando abrem bancas Com gramas que deixam as notas dos 500 brancas Darwin falou em evolução da espécie, esta é macabra Homens nascem com a ponta dos dedos em molas e pés de cabra O pé de cabra, mostram pasta pra brincar à cabra cega Elas abrem o olho por pasta nenhuma cabra é cega Corpos, boas com o milho com cabeças com entulho Saltam como pipocas nos carros que fazem mais barulho Donos da rua tratam como vacas donas de casa Habituam-se querem corpos, depois deixam-nas com cornos na cara Na minha zona aos 14 querem ser o Ronaldo A partir dessa idade crescem querem ser como Álvaro Queres ser grande né? Não te desequilibres é Quantas balanças mal calibradas, fodem-se com calibres Na invicta a noite é branca branca sem anjos da guarda guarda Todos irmãos, mas nunca há mano a mano e amor com amor se paga Apaga foguetões com agulhas no chão de cada rua Que fazem crateras na veia e levam homens a lua Em discotecas vão ao extremo quando o corpo não alinha Dão para extremos, vão cruzar ao fim da linha Vem vagas de marés vivas, que abrem vagas pra marujos Operários da esquina, uniformes limpos, dinheiros sujos Heróis que não faltam muito com a garganta na corda Línguas serpente, na rua na esquadra, línguas da sogra Queres saber o porque da paisagem, Porque paisagem sente a emoção do que são E gerações geram imagens que vem no mundo Quando a corda lhes corta o cordão Não tem sentido, o sentido lhes dão Apontas, atiras ou a vida tirão Então tenta contar com quem tão a lucrar Da que contenta ou não se contenta Mantenho-me firme, eu não desisto É com sangue e lágrimas que estas linhas eu registo Meu povo grita nas ruas deau fala sobre isto: Terra de filhos de Deus não querem morrer como cristo Pai-nosso que estas no céu, escuta os teus filhos da terra Debaixo do céu cinzento, atrás dessa sopa de pedra No teu reino existe uma regra, nas ruas não há lei Homens reinam... Longa vida ao rei Nascido e criado em nova gaia grande porto A cidade dorme mas os homens não se lembram dos sonhos Tem personalidade vincada, linguagem marada Sacas navegam nas margens do douro, em vários papel de prata Portistas são dragões para la dos 90 de jogo Mas não é pela boca é pelas mãos que cospem fogo Pais tem braços de ferro de subir e descer vigas de aço Falam como o escravo, subir e descer copos de bagaço Só não sobem na vida porque vícios gastam o maço E lhes descem rendimento na escola, falta-lhes ferro e cálcio Tenho sócios que nunca cresceram com a merda de um abraço Nem perceberes o que queira dizer faz o que eu digo não faças o que eu faço Onde eu paro os mais velhos paravam no rock's Os carros deles quando passavam bombavam carl cox Dançavam com rodas, pastilhas e cápsulas Eu tinha luzes nas tilhas, drogas eram pastilhas elásticas Hoje em da já nem todos correm da mesma maneira Com a família e carreira, em custóias ou paços de ferreira La dentro contam os dias e ficam a espera Que os familiares levem droga nos molares quando os visitam, São tempos difíceis a maioria torna-se frágil , As esquinas são cofidis a.k.a dinheiro fácil Notas que há um baralho de notas pra te deixar baralho Gajos armados em maus nas ruas não deviam andar mal armados Eu convivi com indivíduos com vidas divididas, Entre as dúvidas e dívidas devido as intrigas Enquanto contas esperam, quantas vidas se geram? Com 0 na bolsa, gelo na conta, peso no duro, suava na montra Ouço barrigas roncar sem refeições tomadas, vejo luzes apagadas Não há energia nas tomadas, putos querem contos de fadas Com barras de conto, eu vi com ponto horas extras há clientes extras na horas de ponto Eu quero ser pai de um filho ama-lo e mima-lo dar-lhe uma psp Sem ter a psp acorda-lo, alimenta-lo com caldo verde E se ele vir um amigos sem papa a não ser porque o papa (...) Eu bem os vejo passar em carros quitados, com mais cavalos, vidros fumados Luzes, néon's dos lados, pára-choques rebaixados, parados a exibir a máquina na bomba Com o rádio ligado a mostrar que o subwoofer bomba Eu paço por eles a pé com orgulho na tromba Se me vires bem é porque estudei ou porque meu rap bomba Homens viram o futuro por um canudo apostaram em cantos rasos Eu fiquei nos estudos para que o canudo me oriente e me leve a outros lados Mantenho-me firme eu não desisto é com sangue e lágrimas que estas linhas Eu registo, eu grito na ruas, meu povo escuta isto: Filhos meus vão viver como Deus nem que eu morra como cristo, Pai que estas na terra escuta o filho que tens ao colo Pedir-te amor amizade, honra e força pra plantar no solo Com as lágrimas que eu chorei, sente as vidas que eu sarei Dá longa vida ao rei!