Impossível não ser maluco nesta vida louca Deus dá com uma mão mas tira com a outra Perdi uma família, ganhei uma profissão Não necessito de festejo ou felicitação Uma ordem de despejo notificação Fui à força para o 3 sai do rés-do-chão 11 no ministério da educação O canudo não promete um colete de salvação Sonhador na fila do instituto de formação Emprego nem vê-lo um trabalho já era bom Mais um auto-didata que se candidata De facto não pedi um fato nem uma gravata Alguém me dê um microfone por favor Não quero ser actor neste filme de terror Sem anti-depressivos para suportar a dor Pobre é o que pensa que a arte não tem valor Eu sou levado pela percussão É no ritmo que eu moldo a minha vibração Em pleno palco ofereço-te o meu coração Como um sacrifício Maya num ritual de adoração Vou levar-te comigo na minha ascensão Somos um só, tu és meu irmão A minha missão é d'unificação É mentira que vivemos na separação Se te disserem o contrário é só uma ilusão Espero que as palavras sirvam como ignição Pra um país que vive em estado de hibernação Vamos, toca a acordar na selva de betão É o fim da eterna espera por Sebastião Chegou a altura de erguer o nosso bastião Sem medo do papão, na frente de acção É tempo de cantares connosco bem alto o refrão Vive! Como se hoje fosse A tua última vez! Larga o fardo que te prende ao chão! Vive! Como se hoje fosse A tua última vez! O céu não limita a imaginação! Um instante é suficiente para quem sente Mudamos a tua vida para sempre, para sempre Tão importante que ecoa no presente Escuta... Guarda para sempre, para sempre A vida não é fácil, não há dúvida Às vezes a vida engana-me deixa-me na dúvida A música salvou-me, quem te salva a ti? Usa, a vida dá-me o mesmo que te dá a ti, abusa Ajuda o coração a viver sem equação Subtrai o mal, dou-te uma adição de motivação Não tenho vergonha de falar de amor Eu amo a escuridão em todo o seu esplendor Eu sei que tenho de ser positivo, é suposto Eu sei que tenho de ser compreensivo, é escusado Eu sei que tenho de dar o exemplo Tudo aquilo que eu vivo, guarda, será que tens espaço? Tanta coisa que ficou por dizer, tanta coisa que ficou por fazer Sinto o arrependimento crescer, fazes-me falta Fazes-me falta como o Sol a nascer As janelas desta casa abriram-se pra te receber Mas o Sol já não brilha como brilhava Morreu a flor em mim plantada Já não tenho cartas para bater- Neste jogo deitei tudo a perder Não mereces o que te podia dar Mereces muito mais que versos sentimentais eu já te fiz sorrir, já te fiz chorar Mas perdi-te por não conseguir mudar Tudo aquilo que ficou por viver, tudo aquilo que ficou por falar, eu