Um novo sistema econômico monetário É baseado num computador e num numero Desde cedo fomos programados, lobotomizados Todos os teus movimentos serão vigiados Fiquem em vossas casas, permaneçam calmos O olho que vê tudo, tem-me sempre na mira Apago a luz fecho a cortina, mas ele ainda respira Na minha nuca, o que suscita a minha ira Destruí a televisão, estava farto de mentira Comunicação social é a arma estatal Que controla o mental, lança o pânico geral Na área, cancelei a conta bancária A reforma está guardada debaixo do colchão Para sobreviver à bancarrota planetária Cuidado, eles andam a cruzar informação Vigiar e punir, promover a ignorância Para manter o poder, dominar desde a infância Iludir e mascarar a infinita abundância Querem perpetuar o fermento da ganância Propagandear a crise com voto unânime Impedir-me totalmente de ascender na pirâmide A partir de agora será iniciado O policiamento do pensamento Serão obliterados todos os indivíduos Que questionem o poder instituído Coloquem os óculos 3D, liguem os televisores Não saiam de vossas casas, permaneçam em silencio Nascemos formatados por valores e dados Manipulados mentalmente no vale dos condenados Mal informados pela ignorância castrados Sem meios de reprodução como escravos condicionados Levados à dependência de uma econômica recompensa Onde não singra quem perde só prevalece quem vença No concurso global do homem bem sucedido O mais bem adaptado ao sistema que lhe é oferecido Manipulação corrupção e vigilância Constantemente desde os tempos de infância Com precisão satélites de fluxo informativo Sabem o teu próximo passo e de cada individuo Cadastrado no registo com número de série Fornecemos ferramentas para apoteótica intempérie Não mais marcados como gado, fim de comunicado As paredes têm ouvidos, ficheiro eliminado Desde os tempos de criança nós perdemos a lembrança O ecrã suga a inocência - vigilância E só fica o vazio, preenchido com propaganda Mas eu vejo mais, vejo mais para alem do que a vista alcança Tu nem imagina o último dia A ultima vida até me arrepia A galáxia respira, o homem conspira Fuga espiritual a tua liberdade é politica Cuidado com a net, quem te lê, quem te viu Cuidado com a civilização que te pariu e traiu Religiões e ciências, partidos e seitas O bem e o mal, o julgamento final Na caneta ou na arma, na alma ou na lâmina O sangue é o combustível que alimenta a grande máquina Eu tive um sonho… uma criança que chora O mundo em chamas, o relógio que pára Cuidado com a televisão, corta-lhe o som Cuidado com o fato a quem apertas a mão Cuidado com o tempo, a fé e o destino Cheguei a tempo? Ou tenho que ter cuidado contigo? A partir deste momento, todos os recém nascidos Deverão ser injetados com o chip BT-952000 Todos os cidadãos serão monotorização por satélite Não saiam de casa, qualquer tipo de resistência Será severamente punida Desde os tempos de criança nós perdemos a lembrança O ecrã suga a inocência - vigilância E só fica o vazio, preenchido com propaganda Mas eu vejo mais, vejo mais para alem do que a vista alcança