Não sou teu servo Se não entendem o que escrevo Não tenho culpa Marca consulta filho da puta Chavalo eu dou-te um chapo e fotografo Dou-te o segundo chapo e fotografo, toma fiz-te um gif animado Entra na carrinha, é um rapto, és levado ao ponto mais alto do teu fracasso Dj empurra o gajo montanha abaixo 2º piso escola de esgrima vírgula a vírgula Triplo 6 tatuado na piça a tinta-da-china Andamos escondidos no fabrico do sonoro Mais fodidos, mais ruídos, despedimos otorrinos Avisa os teus amigos, trazemos explosivos Somos hardcore como 70 quilos presos nos mamilos Se eu estiver a mentir ponham o braço no ar Quem não ouvia dlm, mano, começou a rimar Um, dois, um, dois, teste som, podes cantar Mas fala pra piroca que os colhões já estão a gravar. Trazemos carga emocional demasiado pesada Como pianos de cauda que caem de altura elevada Estilo sombrio, como a noite escura da alma Sente-se o frio da desolação, não há vivalma São correntes de pensamentos como torrentes de lava Ninguém nos trava, ninguém nos cala, ó moço cava A tua cova, ninguém nos dobra é dealema Na manobra, lançamos-te a nossa anátema Tinta venenosa que entra via intra-venosa No sistema, de forma extremamente dolorosa Ficas congelado, empedernido como gárgula Usado como lição de moral na nossa fábula Crápula, nem tentes decalcar a fórmula Não é nada agradável o estilhaçar da rótula Nós somos mais que muitos, tu és só uma partícula Motivo de chacota com essa pose ridícula Dealema bate mais que coca, a tua cara cora, ficas todos fora E agora, o que é que vais fazer quando eu for embora? Rebobino de volta, a voz da revolta Soltas faíscas em pistas perigosas, precisas de escolta Nós alastramos por guetos urbanos Direitos humanos Enquanto adoras, fazemos obras Pisamos cobras, não nos dobras, temos manobras Cavas a tua própria cova a defrontar o pentágono Esmago, mc's como um maço de tabaco vazio Tenho substância no compasso, nunca vacilo Vendidos são atingidos por realidade 5 indivíduos em alta fidelidade Eu entro, em qualquer bairro ou gueto e nunca cedo Não tenho medo, tenho respeito pelo meu povo, eu escrevo Não vale a pena interferirem Pagam com a pena de vida se insistirem Não há saída… Não vale a pena, temos pena no vale Tudo pentagonal, fractura da coluna vertebral Lexicalmente, à frente, vocalmente Liricalmente, sempre, universalmente Eu junto léxico e disléxico, sem comércio numérico Lição de inquérito a editoras falidas sem crédito Tu em débito chama-me inédito, imperfeito, como o pretérito Na batalha sem medalhas de mérito Sem porte atlético ou esquelético (?????) genético, o meu direito é assimétrico Sou genérico, acessível sem médico Analgésico, frenético, épico no valor ético Poético, feto céptico, filho de epiléptico Tu és patético, corte no paramétrico Discurso profético, o futuro é hipotético Hoje chamam-me técnico, galileu ou copérnico