Filho de José Pereira e Clara Cerqueira Renascido das cinzas, pra um dia voltar a ser poeira A linha que melhor me define é real e verdadeira Megalomania sem claustrofobia à minha beira Minha parceira: O humildade, melhor amigo: o trabalho Eu abracei o microfone, mas comecei pelo soalho Diferente, inteligente, com distinto quociente Rico por dentro como subsolo do médio oriente Não julgo livros pela capa, seu interior é sumarento Saiu-me o tiro pela culatra, outro no pé ao mesmo tempo Não tenho palas, tenho valas para crânios cadavéricos Como para faces repletas de todo o tipo de cosméticos Produzo bombas sonoras, que há muito ignoras Das quais não tocas, como a rádio, a determinadas horas Música é a minha vida e a minha vida é música Muito mais do que um negócio ou fama de figura pública A fonte, a dádiva, o ódio, o amor A solidão, a dor, guerreiro genial A luz, o medo, a ilusão ao sonho Do berço ao túmulo, sou especial (Ex-peão) Escolhe a tua máscara e entra na facha Eu deixo-te escolher a tua campa Eu dou-te estaladões vindos do nada Que batem mais do que andares a cheirar essa branca Mal traçada, a jugular rebenta Jorra sangue pras paredes e pras folhas da sebenta E eu parto, não entro em modas, entro em zen Subo ao palco, gunas abrem rodas de slam Não venhas dar a missa ao padre Fundo movimentos como seitas, depois bazo sem me ter suicidado Na verdade, estou no limiar da sanidade Prestes a saltar do outro lado, está calado (Shhhiu) tenho que me concentrar Estas vozes que me falam ao ouvido já estão a gritar Para, sente a vibração porque é rara Causo avarias no sistema, Dealema A fonte, a dádiva, o ódio, o amor A solidão, a dor, guerreiro genial A luz, o medo, a ilusão ao sonho Do berço ao túmulo, sou especial M… a… z… e Mais atitude, zero ego Convicto percorro o meu caminho com fé Com valores humanos que nunca renego A minha luta é contra a falta de sentimentos Abro a porta do teu coração com pensamentos Mais profundos que os abismos da alma Mais astutos do que sábios com calma Trago tácticas de sobrevivência urbana Altero consciência nesta era desumana Operação mental de decantação alquímica Metal, transmutado, fim da escravatura psíquica Do caos, da dor, do engano, da miséria Emerge um novo mundo: Os teus sonhos matéria O tempo não existe, mente e corpo em simbiose Ergue-se a fénix, começa a metamorfose A fonte, a dádiva, o ódio, o amor A solidão, a dor, guerreiro genial A luz, o medo, a ilusão ao sonho Do berço ao túmulo, sou especial (Eu sou) o quinto anjo.. Fusão Mosto megacéfalo, com fome de som Poeta encapuçado, vocábulo envenenado Uma alucinação visual e acústica do diabo (Eu sou) hipocentro que te abala por dentro A sensação de choque que percorre o teu esqueleto O meu fetiche pelo terror martela-me o cérebro Desci à terra porque Cristo tem fobia de pregos (Eu sou) alinhamento perfeito fora de ângulo Vândalo quando canto, sonâmbulo quando ando Manipulo músculo verbáculo (?) Como um testículo ejaculo alfabeto diabólico para o óvulo Tentáculos incrédulos especulam o meu cálculo Não me atingem, o meu pináculo mental nem a binóculo Terráqueo sem vínculo do berço ate ao túmulo Engole o fogo do meu íntimo, inspector mórbido A fonte, a dádiva, o ódio, o amor A solidão, a dor, guerreiro genial A luz, o medo, a ilusão ao sonho Do berço ao túmulo, sou especial