Vai dizer que cê é cego, que não vê a miséria Vai dizer que não escuta, a voz do povo na luta Vai dizer que a culpa nunca foi sua Que a zona de crime é um fato natural nas ruas Vai dizer que cê é cego, que não vê a miséria Vai dizer que não escuta, a voz do povo na luta Corrupção não é algo que se desfruta É fácil lidar com os próprios erros, difícil é lidar com a culpa Falam muito do olho que tudo vê Guerras, conflitos, nada mostrado na tv Mas veja bem, abra seus olhos pra crer A criança em meio a isso, quem ta lá pra proteger? Tudo movido pelo ego do homem Vendo o jornal do dia tu nunca vai saber o que é fome Quantos aí? Sem nome nem sobrenome Elegendo o sujeito que no fim só almeja o renome Talvez não seja questão de fé, acordar logo cedo e acreditar no melhor Mas sim provar que meio a dificuldade, uma dose de persistência é bem maior Nunca passei perrengue de verdade e nem passei fome irmão Mas vejo os que passam todo dia e sei que eles por aí estão Sentado no banco da praça, sem rumo, ou na esquina Prova viva que a porra da miséria contamina Quando tudo tiver aos escombros Não venha insistir por um pouco de disciplina Eles mentem pra tu e cê nem imagina Reprimem trabalhadores honestos e por fim os incrimina Jogando no ralo toda sua dignidade Daquele cidadão que sonha um dia em ter sua liberdade Vai dizer que cê é cego, que não vê a miséria Vai dizer que não escuta, a voz do povo na luta Vai dizer que a culpa nunca foi sua Que a zona de crime é um fato natural nas ruas Vai dizer que cê é cego, que não vê a miséria Vai dizer que não escuta, a voz do povo na luta Corrupção não é algo que se desfruta É fácil lidar com os próprios erros, difícil é lidar com a culpa E o que nos resta dessa terra de maldade Onde a lebre vira presa e o lobo vira carne? Libertação aos dignos de humildade Subindo a cada dia a escada da liberdade To cuspindo umas verdades E atire a primeira pedra quem foi digno dessa coragem Se for nadar esqueça que existe margem Mergulho de verdade é o que mostra a real visão e não uma miragem