Ser o que sou no meio de tudo Ser o que sou ao meio do nada Pés na poeira da estrada A cabeça no brio do mundo Sou da vida um ser que vive Um filho fruto da morte, Na imensidão um ser livre Que vive a mercê da sorte. Sou brilho do sol que brilha Raio que nuança a floração Sou tigre que faz sua trilha, Eros em busca de afeição. Sou a arte que imita a vida No picadeiro da paisagem Abre a cortina na partida Eu sou da obra o personagem Ser o que sou a vida me ensina E me mostra o palco direito A multidão festeja o feito Assim se encerra a cortina. Ser o que sou.